Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
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Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Viajando pelo submundo da Internet, achei esta entrevista super bacanilda com estes dois incríveis mangakás. Se os dados da Wikipedia estão corretos, esta entrevista foi feita entre dezembro de 2008 e março de 2009.
Créditos ao super poderoso Diogo que teve todo o trabalho de entrar em contato com o cara que traduziu de japonês pra inglês e depois traduzir pra português.
A entevista é grande, porém muito interessante, se alguém tiver uma sugestão de layout para deixar a leitura mais confortável, sou todo ouvidos.
Créditos ao super poderoso Diogo que teve todo o trabalho de entrar em contato com o cara que traduziu de japonês pra inglês e depois traduzir pra português.
A entevista é grande, porém muito interessante, se alguém tiver uma sugestão de layout para deixar a leitura mais confortável, sou todo ouvidos.
- Spoiler:
Inoue: Essa é a primeira vez que nos encontramos, não é?
Oda: Bem, na verdade há algum tempo atrás eu consegui um autógrafo seu.
Inoue: Sério?! Quando?
Oda: Foi na festa da entrega dos prêmios Tezuka/Akazuka da Shueisha. Eu tinha acabado de ter sido publicado e estava muito nervoso. Você também desenhou uma ilustração do Hanamichi Sakuragi (Slam Dunk) com um topetão que eu ainda tenho guardada.
Inoue: Sério mesmo? Desculpe, eu não me lembro. (risos)
Oda: Sem problemas. Aquela festa foi como uma enorme sessão de autógrafos para os grandes autores. (risos)
Inoue: Eu estava em Los Angeles quando One Piece estreou e eu recebia Shonen Jumps vindas do Japão. Quando eu li o primeiro capítulo de One Piece, eu me lembro de ter pensado, “Nossa, esse é o começo de um mangá muito bom.” Aquilo era um trabalho imperdível. Eu não me sentia assim com um mangá fazia muito tempo então eu fiz questão de acompanhar.
Oda: Quando One Piece começou a ser serializado, eu li uma pesquisa em uma revista perguntando a pessoas famosas que mangas os interessavam. Naquela pesquisa você escolheu One Piece e comentou, “O autor realmente acredita em seu trabalho”. Eu quase que literalmente pulei de alegria, eu tinha ficado muito feliz. Eu mantive uma cópia daquela página pregada na minha mesa de trabalho por muito tempo.
Inoue: Eu fico feliz que você tenha ficado feliz! (risos)
Oda: Posso falar sobre uma coisa que tá meio ligada ao destino?
Inoue: O que é? Você está me deixando nervoso.
Oda: Bem, eu nasci em Kumamoto e lá tinha uma loja chamada “Antique House”, certo?
Inoue: Sim, a loja de roupas usadas, não é? Isso me traz lembranças.
Oda: Eu costumava ir lá regularmente com amigos para comprar roupas. Por volta da época em que eu ganhei o prêmio de Melhor Artista Novato da (Shonen) Jump e tinha acabado de conseguir um editor, eu estava falando com uma das pessoas que trabalhavam na loja e eu mencionei que eu queria ser um autor de mangás. Ele respondeu, “Se você ficar realmente famoso, será o segundo nascido aqui.” “Quem foi o primeiro?” eu perguntei. “Takehiko Nariai (Takehiko Inoue é um pseudônimo). Ele costumava trabalhar aqui.” Eu não conseguia acreditar.
Inoue: Hahaha! Eu me pergunto com quem você falou.
Oda: Ele se orgulhava de dizer que um dos jogadores de Slam Dunk era baseado nele (risos). Ele também disse que quando a loja não estava cheia, você com certeza estaria atrás da caixa registradora desenhando.
Inoue: É… e não fazendo o trabalho que eu devia estar fazendo.
Oda: Eu fui surpreendido. Eu estava tipo, Caramba! Inoue-sensei esteve aqui! Era só uma loja que eu freqüentava e eu nunca havia pensado antes a respeito daquilo. Eu senti que aquilo tinha algo a ver com destino e eu pedi para o meu editor para por favor me colocar de assistente no seu estúdio. Porém ele simplesmente me disse “Não há vagas.” Aquilo me deixou bem pra baixo.
Inoue: Sério? A gente realmente fez uma cagada. Deveríamos ter trazido você como assistente. (risos)
Oda: Se eu tivesse sido aceito no seu estúdio, isso teria mudado completamente meu destino. Em vários sentidos, aquele foi um momento de mudança pra mim. Eu sempre pensei que eu gostaria de falar com você pessoalmente sobre isso algum dia.
Inoue: Obrigado. Vou lembrar disso.
Repórter Sr. Oda, quando você começou a ler Vagabond?
Oda: Eu li tudo de uma vez quando o tankobon saiu. Obviamente, eu comprei todos os volumes. Desde que começou a ser serializado, foi uma febre entre nós, jovens autores. É tão cativante, trata de temas profundos… Mais que qualquer outro. Eu não consigo enjoar da arte do Inoue sensei. É tipo, até onde esse cara consegue levar sua habilidade? Eu venho buscando isso desde Purple Kaede. ?
Inoue: Bem, eu tenho certeza que eu melhorei desde aquela época. Contudo, é estranho porque quando eu estava fazendo Purple Kaede eu pensei, “Veja só, eu sou um artista bem bom!” (risos). Agora, porém, é algo que eu não gostaria de mostrar para as pessoas.
Oda: Eu vi seu último trabalho para “A Última Exibição de Mangá” e, bem… Eu nem consigo entender o que significa – se é bom ou o que é, porque está muito acima da minha capacidade. Como esse tipo de arte consegue ser feita? Como o enorme mural do Musashi. É tão grande, mas ainda assim as proporções não deformam nem um pouco.
Inoue: Na verdade, se você olhar bem, vai ver que as proporções estão sim um tanto quanto tortas. Ainda há obras (na Exibição) que eu me preocupo um pouco.
Oda: Mas eu não acho mesmo! Todas as obras estão fantásticas e em um nível que estão acima da minha compreensão.
Recentemente eu tenho me dedicado a conhecer a arte japonesa do Período Edo. As pessoas na época de Edo não tinham internet, lojas de gibis, e eu não acredito que eles tinham muitas formas de entretenimento para passar o tempo como nós temos hoje. Em contrapartida, acho que eles tinham muito mais tempo para se dedicar às suas habilidades do que as pessoas nos dias de hoje são capazes. Por causa disso, eles conseguiram conquistar coisas em níveis que é quase impossível se equiparar. Quando eu olho para à pintura a tinta, eles são espetacularmente bons. Mesmo numa pintura casual, eles conseguem criar linhas únicas cheias de vida. Mesmo arte ultra-realista não consegue reproduzir isso. Eu acredito que a sua arte conseguiu atingir o nível das do Período Edo. Eu me pergunto com o uma pessoa moderna consegue desenhar desse jeito. Isso me intriga.
Inoue: Estou lisonjeado! (risos)
Oda: E n’A Última Exibição de Mangá, tem cerca de 150 desses desenhos, certo? Não consigo nem imaginar.
Inoue: Quando muita gente fica te pressionando, você consegue realizar um surpreendente número de coisas.
Oda: Eu estive sobre a pressão de muitos prazos e eu consegui sobreviver muitas vezes mas… eu não conseguiria ir tão longe.
Inoue: Se é sua própria arte, você consegue.
Oda: Não, não… não consigo! Eu acabo sempre achando que alcancei meus objetivos ao simplesmente terminar uma página.
Inoue: Mmm, entendo…
Oda: Não que esteja realmente exausto, mas eu sempre chega um ponto em que eu estou tipo, “Ok, estou acabado!”. Eu não consigo chegar num patamar onde eu realmente acredite nos meus whitespaces.?
Inoue: Para mim, esses whitespaces podem ser bem importantes. É difícil, não é?
Oda: Eu acho que isso é senso artístico.
Inoue: Pode ser mais a minha personalidade. Mesmo com um grande objetivo em mente, chegar no objetivo desejado não me interessa. Na verdade, se eu começar a desenhar de uma outra maneira e ver que está funcionando da maneira que está eu finalizo tudo ali mesmo. É uma personalidade um tanto irresponsável.
Oda: Você tem uma imagem completa do que quer desenhar na cabeça antes de começar a desenhar? Existem umas pessoas espetaculares que eu escutei terem cada linha na cabeça e eles só as seguem no desenho.
Inoue: Não tenho certeza. Eu acho que eu tenho sim uma imagem na minha cabeça, mas não é totalmente clara.
Oda: Para mim é tão bagunçado que não sei nem se posso chamar de imagem. Mas enquanto eu desenho, eu meio que transfiro essa bagunça por papel e preencho com a minha caneta.
Inoue: Eu acho que isso é próximo do como é pra mim também.
Oda: Eu ainda não cheguei no nível de artistas que conseguem desenhar linhas precisas logo de primeira. Eu tenho um amigo artista com memória fotográfica, que nunca esquece um desenho mesmo tendo visto ele uma única vez. Então, quando ele desenha um personagem, ele consegue desenhar aquele personagem novamente sem nenhuma referência visual. É uma habilidade impressionante. Eu esqueço personagens que fiz há algum tempo muito rápido. Se eu quero trazê-los de volta, eu tenho que cavar nos meus trabalhos antigos e dar uma olhada de novo.
Inoue: Eu sou do mesmo jeito. Eu estou sempre olhando meus personagens antigos. Muitas vezes eu esqueço de desenhar alguns detalhes, como uma barba perdida aqui e ali.
Oda: Sério? Isso é um alívio. Eu me sinto como se ainda tivesse esperança (risos).
Oda: De onde você tira a sua ambição e desejo de melhor a sua arte?
Inoue: Bem, é simples. Quando você olha para alguns desenhos antigos é um tanto quanto embaraçoso, não?
Oda: É, um pouco.
Inoue: Eu penso que isso vem do sentimento de saber que pode fazer melhor.
Oda: Eu sempre achei que eu fosse um dos artistas mais ambiciosos, mas, depois de visitar “A Última Exibição de Mangá”, me senti pequeno nesse departamento.
Inoue: Não, de jeito nenhum. Quantos anos fazem que One Piece começou?
Oda: 12 anos.
Inoue: Isso é incrível. Conseguir manter uma série com essa longevidade me faz sentir da mesma maneira.
Oda: Sem chance! Eu acho que Slam Dunk tem uma ótima duração para uma série do tipo longa. Inicialmente eu tinha só 5 anos planejados para One Piece… agora já faz mais que o dobro disso
Inoue: Lendo até o volume mais recente, o 52, não me parece que vá terminar tão cedo.
Oda: Graças ao sucesso da série, todo o resto da minha vida está sem definição. (risos)
Notas:
Purple Kaede é o nome do primeiro mangá do Inoue publicado na Weekly Shonen Jump em 1988.
Whitespace é um termo artístico que, infelizmente, não consegui achar um correspondente em português. Deve existir, mas meu pouco conhecimento na área complicou as coisas. Entenda esse trecho como o Oda não conseguindo estar totalmente satisfeito com o resultado final do seu desenho.
Repórter A partir do arco Kojiro, a arte em Vagabond mudou de caneta para pincel. Sr. Oda, o que o senhor acha dessa mudança?
Oda: É muito legal. Mesmo com uma carreira como a dele (Inoue), ele continua a evoluir. Esse tipo de convicção é incrível.
Inoue: Olha, não é algo que deve ser feito, não é? Numa série longa é algo que quebra com a consistência.
Oda: Mas você já usou pincel antes, não?
Inoue: É verdade, mas era pra dar alguns efeitos. Porém, a decisão pra fazer tudo assim foi meio que no feeling, uma intuição. Quando eu comecei o arco Kojiro, pensei que para alcançar o resultado que eu esperava eu tinha que usar um pincel, não uma caneta. Isso mudaria a minha arte e como as pessoas a sentem, mas eu nunca fui muito preocupado com consistência no decorrer da série, daí fui confiante na minha intuição do momento.
Oda: O logo do mangá também mudou.
Inoue: Houve um tempo em que eu fiquei me perguntando o que Vagabondrealmente era. Eu precisava de algumas mudanças pra continuar o trabalho. O logo foi uma das coisas que mudaram. Porém, a caligrafia em pincel do logo até então era fantástica.
Oda: Quando um autor decide, “Hora de mudar as coisas”, as pessoas são muito receptivas, não? Com o Volume 50 de One Piece eu decidi que iria encerrar aquela parte e eu ainda mudei a forma como colocava o logo. Porém, as respostas foram surpreendentemente leves (risos). Os leiores – e eu digo isso num bom sentido – não parecem se importar muito com mudanças. Eu acho que é por isso que os autores podem provavelmente se sentir mais livres para fazer coisas do jeito que eles acham que devem.
Repórter Sr. Inoue, o que você acha da arte do Sr. Oda?
Inoue: É cheia de um atrativo totalmente oposto ao meu trabalho. É cheia de vida, e com poder para atrair o leitor a pontos específicos. Comparativamente, eu sou um artista que gosto de “subtração”. Eu tento manter a arte com menos coisas possível. Tem muito disso na exposição “ A Última Exibição de Mangá”. Porém, eu realmente admiro o jeito como o Oda preenche a arte dele. Eu não tenho a sensação de que os cantos estão sendo deixados de lado. Deve ser muito difícil diminuir seu trabalho para o tamanho de um tankobon, não é?
Oda: Sim, é (risos). Não tenho o que fazer, a não ser desenhar bastante. O formato semanal é de 19 páginas, mas como criador, eu quero fazer as coisas andarem mais rápido. Eu acabado colocando o máximo possível ali. Também tem o fato deu querer terminar logo para poder relaxar.
Inoue: Na parte de relaxar somos iguais.
Oda: Parece que eu to sempre correndo contra o tempo. Meus quadros diminuindo cada vez mais, e eu não desenhos quadros desnecessários. As cenas estão sempre cheias de coisas. Tem muitos personagens (risos). Tudo bem que a história é na maioria só sobre 5 deles, mas são tantas coisas que eu quero fazer que acaba saindo como é hoje.
Inoue: Você pensou sobre o aspecto geral da coisa desde o começo?
Oda: Sim. O final da história não mudou nada desde o começo. O problema é que eu ainda não consegui digerir direito a quantidade de coisas que está acontecendo no rumo para esse fim. Como você faz com sua narrativa?
Inoue: Mmmm… Quando eu começo, eu não penso no todo e muito menos em como a história vai terminar. É realmente impressionante como você consegue pensar nisso e ainda assim ficar empolgado desde o começo.
Oda: Sério, foi só o final que eu já decidi.
Inoue: Pra mim, só agora eu comecei a ver para onde Vagabond está rumando.
Oda: A história de Vagabond está seguindo fatos históricos?
Inoue: Aparentemente o que se sabe sobre a luta entre Miyamoto Musashi e Sasaki Kojiro nas ilhas Ganryu é um tanto impreciso. O que se tem conhecimento é que a história tende a favor de Musashi. A única coisa que se fala sobre Kojiro é que ele era um mestre espadachim que enfrentou Musashi. É por isso que eu penso que há chances do Kojiro ter sido derrotado.
Oda: Mmmmm… Por acaso a história seguiu um rumo diferente do original (“Musashi”, romance escrito por Eiji Yoshikawa)?
Inoue: Não completamente, mas as partes originais ainda estão dominando. Eu não pensei na história como um todo ainda, por isso eu simplesmente sigo pra parte seguinte da história quando termino a que estou trabalhando no momento. Eu acho que eu só repito esse processo. Algumas vezes vejo que acabei saindo um pouco do original e muitas vezes me vejo em situações difíceis por causa disso.
Oda: Mas dando umas escapadas como essas pode ser bem divertido algumas vezes, não?
Inoue: Sim, sem dúvida.
Repórter Quais personagens de Vagabond você gosta?
Oda: Eu gosto dos personagens mais velhos. Eles são bem adoráveis.
Inoue: Hahahahahaha!
Oda: Yagyu Sekishusai é especialmente bom. Especialmente adorável é a cena em que ele do nada diz, “Posso reclamar do meu neto?” . O que é realmente interessante a respeito do trabalho do Inoue é que mesmo quando a relação entre os personagens é um tanto dura, sempre tem um pouquinho de simpatia. E também tem as cenas casuais com diálogos curtos que sempre me fazem rir. Como quando Musashi diz “Nyanko-sensei” (Gatinho-sensei) sempre me faz rir.
Esse tipo de coisa é sempre feito de uma maneira bem natural e faz os leitores realmente aceitarem os personagens. Mesmo quando eles tocam em temas complicados. Eu penso que a habilidade com que o mestre Inoue cria seus personagens consegue atrair a atenção de um grande número de leitores.
Inoue: Eu realmente gosto de desenhar personagens mais velhos. Se eu pudesse, todos os personagens seriam velhos (risos).
Oda: É divertido desenhar as rugas na cara, não?
Inoue: Quando eu começo a desenhá-las, eu não paro. Eu acho que nós dois gostamos de desenhar personagens bem humanos, não é?
Oda: Concordo.
Inoue: Com os idosos, quanto mais rugas você desenha, mais humanos eles ficam. Quanto mais você coloca, mas eles ganham vida – essa é a cara dos idosos, não? Isso torna desenhá-los uma coisa bem recompensadora.
Repórter Eu acho que uma coisa que vocês dois tem em comum é que vocês se esforçam para transmitir através de seus desenhos coisas que realmente querem dizer.
Inoue: Pode ser verdade. One Piece em particular parece realmente querer dizer algo. Essa vontade chega a transbordar da obra.
Oda: Eu sei que meus desenhos são um tanto bagunçados, mas eu realmente me sinto obrigado a desenhar tudo que está lá. Mesmo que esteja no caminho de algo ou seja lá mais o quê, é tipo, “Esse é o som que eu estou ouvindo agora!”
Inoue: Sons e vozes das pessoas aparecem por todos os lados. Realmente muita coisa acontece ao mesmo tempo em seus desenhos, não é?
Oda: É assim que sempre acaba saindo.
Inoue: Em One Piece eu sempre percebo seus sentimentos ali, a existência daqueles sons, daquelas pessoas, daqueles sentimentos nesse mundo. Essa “linha mestra” do seu trabalho sempre se mantém, não oscila. Acho que é dessa maneira que você conseguiu sustentar uma série de 12 anos.
Oda: Muito obrigado. A coisa que eu mais quero fazer com meus quadrinhos não é só contar histórias, mas criar modelos de personagens. Eu penso tipo “Esse tipo de pessoa pode existir?” O tempo que eu gasto fazendo os mais variados tipos de design se torna bem divertido.
Inoue: É o completo oposto de mim.
Oda: Coisas como quão musculoso deve ser um corpo para ficar bem com um certo tipo de estrutura facial são coisas que, no final, eu acabo não prestando tanta atenção (risos). Os momentos em que eu crio silhuetas para os personagens diferentes de tudo que se viu — esses são os momentos que me deixam mais feliz. E, tendo criado, eu quero usá-la o mais rápido possível. Eu crio episódios só por essa razão… eu faço isso o tempo todo, então a história acaba ficando cada vez mais longa.
Inoue: Então foi assim que você chegou até 52 volumes?
Oda: Sim (risos). Quais são os momentos divertidos pra você?
Inoue: Esses momentos estão diminuindo cada vez mais pra mim. O tempo que eu gasto desenhando os cabelos são bem divertidos. Enquanto eu estou progredindo com essa arte, a coisa é divertida, todo o tempo que eu gasto desenhando é proveitoso. Porém, recentemente, eu não tenho tido mais esse sentimento tão constantemente. Eu me sinto como se estivesse num momento de crise iminente.
Oda: Crise iminente?
Inoue: Sim. Fazer quadrinhos é algo que você supostamente faz porque gosta, certo? Nada deixa você mais empolgado do que desenhar, com isso você continua desenhando independente do quão difícil esteja.
Oda: É.
Inoue: Contudo, eu cheguei em um ponto onde, no balanço entre os momentos divertidos e os momentos difíceis, se o prazer de fazer o trabalho diminuir ainda mais, eu posso não ser capaz de continuar. Neste momento eu estou tentando buscar um meio de sair dessa, porque eu sei que eu tenho que sair.
Oda: No meu caso eu acho que não tenho nenhum tipo de crise com o meu trabalho.
Inoue: Dá pra perceber isso só de ler One Piece. Eu tenho certeza que você tem suas próprias coisas com que lidar, mas eu acho que está realmente bem longe desse sentimento de crise. Para mim, eu sinto que estou realmente sendo tragado por Vagabond. É como se a própria natureza do trabalho estivesse me afetando. Eu desperdiço tantas horas pensando em questões sem respostas. Eu penso que esses sentimentos devem sumir se eu passar a desenhar um tipo de entretenimento mais feliz e mais simples.
Oda: Você sente alguma mudança no ritmo quando você alterna entre Vagond eReal?
Inoue: Sim, eu sinto. Existe algo em Real que me dá fôlego. Não posso dizer que chega a ser realmente divertido, mas comparado com Vagabond é bem mais fácil de se trabalhar. Eu consigo ter ideias só de andar pela rua.
Oda: É realmente difícil você encontrar mestres espadachim no meio das ruas.
Inoue: Exatamente (risos).
Oda: Pode ser um pouco tarde pra perguntar isso mas o que te motivou a escrever sobre a história de Musashi?
Inoue: No começo não era nada demais. Alguém me recomendou o romanceMusashi de Eiji Yoshikawa e foi realmente uma boa leitura. Fazia mais ou menos um ano do fim de Slam Dunk e eu não estava fazendo nenhuma outra série. Eu queria começar a trabalhar em algo e eu pensei que seria legal transformar aquilo em quadrinhos. Então, eu fiz uma proposta, tudo correu tranquilamente e logo eu consegui o “ok” para começar. No começo eu não tinha a mínima ideia de qual poderia ser a dificuldade de se fazer algo do tipo. Eu meio que comecei a fazer sem o menor conhecimento, energia e técnica que seria necessária para eu fazer um trabalho histórico. Foi uma verdadeira luta.
Oda: Se você não pesquisar a sério os materiais históricos não tem como fazer o trabalho, tem?
Inoue: Se eu não tivesse conseguido fazer isso, eu teria desistido. Nós até cogitamos a possibilidade de ter um especialista para checar as referências históricas, mas no fim eu acabei decidindo por fazer à minha maneira, a minha visão da história de Musashi.
Oda: Os personagens são os mesmos do romance?
Inoue: Os personagens são quase todos os mesmos, o que muda mesmo são suas personalidades.
Oda: A batalha dos 70 Yoshioka foi espetacular!
Inoue: No romance original, Musashi derrota o líder dos Yoshioka e enquanto escapa corta mais alguns que o atacam. Pra mim isso não pareceu um verdadeiro desafio, aí eu pensei, “e se ele tivesse que derrotar todos – todo os 70?” Do volume 25 a 27, então, Musashi realmente derrota 70 inimigos.
Oda: Sério…!?
Inoue: No meio da coisa eu meio que me perguntava o por quê deu estar realmente fazendo aquilo. Mas eu não desisti e continuei com a ideia.
Oda: Sem o seu traço mais forte isso não teria funcionado. Simplesmente não daria para funcionar.
Inoue: Quando eu decidir fazer a batalha com 70 pessoas, eu tive que me empenhar na arte. Dá pra dizer que eu estava me ajustando durante o processo. É uma situação em que a arte evolui rapidamente.
Oda: Algumas vezes é difícil para você desenhar cenas onde tantas pessoas são cortadas?
Inoue: Com certeza. Para desenhar uma cena onde aquelas 70 pessoas são realmente cortadas ao meio… meio que me fez desacreditar na simplicidade de vitória e derrota. É uma batalha, então obviamente há vencedores e perdedores. Porém, eu acabei duvidando do real valor daquela vitória. Se você duvida do que está fazendo, você não consegue progredir, consegue? Eu pensava, vencer é realmente sair vitorioso? É uma coisa boa? Foi difícil porque eu estava cheio de sentimentos contraditórios. Contudo, o objetivo daquela cena era justamente para experimentar esse tipo de sensação.
Oda: A arte demonstra o seu sofrimento enquanto a desenhava. É possível até ver a cara do autor através dela. Até eu conhecê-lo aqui, hoje, eu achava que você seria uma pessoa parecida com o Musashi.
Inoue: Eu sou completamente diferente, não? (risos). Várias pessoas tem essa imagem de mim, tipo um monge, sei lá… mas isso não vem ao caso.
Oda: Antes do nosso encontro de hoje, eu perguntei a um mangaka que o conhecia, “Quão medonho ele é?”
Inoue: Hahahaha!! Sério? Por acaso eles disseram que eu era assustador?
Oda: Não, nem um pouco. Mas mesmo assim, para minha geração de mangakas, só de ouvir o nome Takehiko Inoue nós já ficamos intimidados (risos). Eu pensei que se você fosse uma pessoa assustadora que nem o Musashi, eu não seria nem capaz de falar com você… Agora que eu te conheci, estou aliviado de ver que você é uma pessoa tão legal.
Inoue: Quando eu estava lendo One Piece eu me perguntava de onde tinha saído a ideia original.
Oda: Ideia original?
Inoue: É. Uma animada aventura pirata cheia de sons por todos os lados em um mundo habitados por personagens únicos. Não está amarrado a nenhum conceito… é livre e espontâneo. É um estilo que nunca foi visto antes em mangás. De onde isso surgiu?
Oda: Hmmm… Eu sempre estranhei nunca terem feito um mangá para garotos sobre piratas. O desenho Vicky, O Viking era o que mais se aproximava disso. Garotos, independente da idade, querem ir para o mar em busca de tesouros. Só de termos barcos ao vento já nos deixam empolgados, não é mesmo? Mas por alguma razão, ninguém fazia mangás de pirata!
Inoue: Entendo.
Oda: Eu queria ler mangás sobre piratas desde quando eu era criança, então, se eu fosse desenhar mangás, eu decidi que deveriam ter uma temática pirata. Não teve nada a ver com pensar se iria vender ou não. Eu simplesmente desenhei um mangá que eu gostaria de ler. Ainda mais, eu achava estranho a Shonen Jump não ter um mangá sobre piratas… afinal, o logo deles é um pirata!
Inoue: Verdade! (risos). Agora parece que você criou o mangá principal da Jump. Sensacional!
Oda: Sem chance. Comparado com você eu ainda tenho um longo caminho a percorrer.
Inoue: Não, não… você está sendo bem modesto (risos).
Repórter O que vocês dois querem fazer, na essência, é entretenimento?
Oda: No meu caso, sim. Se eu não consigo fazê-lo divertido para os leitores, não teria porquê eu fazer mangás. Não seria divertido pra mim também. Eu não sei como funciona com outros autores, mas criar diversão para mim e para meus leitores é o que fazer mangás é pra mim. O que eu estou fazendo ser entretenimento nunca foi uma dúvida pra mim. Digo, como eu poderia estar mais feliz que isso? Eu estou desenhando mangás que eu gosto e fazendo várias pessoas felizes. Dá pra deixar melhor que isso?
Inoue: Isso é fantástico.
Oda: Es… estou errado?
Inoue: Não, não, eu não estou te provocando (risos). É exatamente como você disse. Os melhores mangás, sem dúvida, são os divertidos para os leitores e para o autor.
Oda: Mangás não são bons se eles não forem entretenimento, certo? É sempre bom fazer algo que passe uma mensagem, que fale algo, expresse uma ideia, mas se no final não for uma coisa agradável, a mensagem não vai ser transmitida. Pegue Vagabond, eu tenho achado as últimas partes entretenimento de altíssimo nível.
Inoue: Isso é bem legal de se ouvir. Se eu não tivesse nenhuma intenção de publicar e se eu soubesse que ninguém fosse ler, eu provavelmente não faria nenhum mangá.
Oda: Eu concordo.
Inoue: O que eu acho incrível a respeito do trabalho do Sr. Oda é que os olhos do Luffy (One Piece) são pontos. Isso é realmente algo relevante. O Sr. Oda diz, “Algo que é realmente bom continua bom mesmo sem acrescentarmos isso ou aquilo.” Eu penso que essa é uma expressão que o caracteriza bem. A crença inabalável no seu trabalho é consolidada na maneira como ele desenha aqueles olhos pretos. Eu aposto que o editor dele e toda a equipe em volta disseram que ele deveria fazer as pupilas mais brilhantes, ou que deveria desenhar linhas mais fortes e todo outro tipo de coisa parecido, mas ele não mudou um detalhe que fosse.
Oda: Sim, no começo me falaram um monte de coisas.
Inoue: E você não desistiu. Você continuou com os pontos e produziu ótimos resultados. Isso é brilhante. Sua motivação original de querer desenhar excitantes histórias de piratas é o que dá vida aos olhos do Luffy. Quando eu li o capítulo um eu pensei, “Esse cara sabe o que está fazendo!”
Oda: Nossa, você está me deixando realmente encabulado (risos).
Repórter Sr. Oda, se você tivesse a oportunidade de fazer uma exibição do seu trabalho, que tipo de exibição você gostaria de fazer?
Inoue: Você não precisa de oportunidade nem nada, tudo que precisa fazer é dizer que você quer fazer e todo mundo ao redor provavelmente vai acatar a ideia.
Oda: Para falar a verdade, eu realmente tenho um interesse nisso. Quando One Piece acabar, existem um monte de coisas que eu gostaria de tentar fazer, inclusive uma exibição. Entretanto, enquanto eu trabalho na série, eu realmente não tenho capacidade de trabalhar em outras coisas. Eu acho admirável que você consiga fazer uma exibição como essa enquanto trabalha em Vagabond!
Inoue: Olha, eu tive que colocar Vagabond em hiato (risos).
Oda: Mas só de conseguir fazer outra coisa enquanto se dedica a uma outra… e acima de tudo, ser capaz de desenhar os personagens da sua série para um ambiente como esse… eu não consigo competir com esse tipo de força. No meu caso, One Piece é tudo pra mim. Quando estiver terminado eu acredito que possa começar minha vida de verdade (risos).
Inoue: O que? Quer dizer que não é agora?
Oda: No momento eu vivo para meus leitores.
Inoue: Isso é fantástico!
Repórter Mesmo dizendo isso, se fazer uma exibição se tornar uma realidade para você, que tipo gostaria de fazer?
Oda: Seria um desperdício fazer algo só pra ficar olhando figuras. Eu gostaria de fazer algo mais no campo da arte… artesanato e construir coisas. Eu gostaria de usar minhas mãos para construir e colocar coisas juntas. Eu penso que gostaria bastante de fazer algo com modelos em 3D. Você já pensou sobre novos tipos de exibições?
Inoue: Mmm, bem… Eu não acho que “A Última Exibição de Mangás” represente tudo que realmente importa pra mim. Tematicamente, no entanto, eu fui o mais longe que podia, então eu não penso que conseguiria fazer uma outra exibição como essa. Se eu fizer outra, teria que ser algo completamente diferente. Mas eu acredito que ainda esteja bem longe de acontecer. Por enquanto, minha posição é de que “A Última Exibição de Mangás” será a última. Eu já disse isso para muita gente, mas eu acredito que essa exibição tenha chegado à sua melhor forma possível. Eu realmente espero que você possa vir a Kumamoto para vê-la.
Oda: Só em Kumamoto? Você deveria levá-la para fora do Japão também! Como Nova York! Eu aposto que as pessoas iriam adorar. O Sr. Yoshitaka Amano (designer da série Final Fantasy) fez uma em Nova York e foi um enorme sucesso. As pessoas por lá adoram samurais e coisas do tipo, certo?
Inoue: Mas tem os diálogos também. Eu não sei se vou conseguir transmitir essa parte devidamente. Você precisa saber alguma coisa sobre leitura e interpretação também.
Oda: Dê uma chance e não explique nada, simplesmente deixe os diálogos em japonês mesmo. Deixem eles sentirem a arte da maneira que os leitores daqui sentem.
Inoue: Entendo… de repente só tendo a tradução ao lado… Isso é algo a se pensar.
Oda: Por favor, leve seu trabalho para o mundo! Vagabond é o orgulho do Japão.
Inoue: Não, as pessoas iriam dizer, “Deveria ser One Piece!”, não tem comparação (risos). Eu estou realmente grato de ter tido a oportunidade de conversar com você aqui hoje. Por favor, venha à “Última Exibição de Mangás” em Kumamoto.
Oda: Eu irei visitar minha cidade natal e darei uma conferida!
Musashi pelo Oda
Ruffy pelo Inoue
Última edição por Ero Sogeking em Sex Abr 15, 2011 7:21 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Destaque nas falas de cada pessoa e adição da data da entrevista.)
Ero Sogeking- Aprendiz M4all
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Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
muito boa a entrevista one piece n preciso nem comentar ^^
Vagabond pelo jeito e um otimo mangá mas ñ cheguei a ler pra poder comentar , mas como e inspirado no livro (esse eu li ^^) deve ser ótimo
uma coisa boa no mundo dos mangakás e admiração , nunca tem aquele desrespeito pelos outros ate pq o mundo de um mangakás as vezes e doce e outras amarga(o mangá bakuman recita isso bem) mais no fim sempre da frutos que são as ispiracões para os mangakás que estão começando nesse maravilhoso mundo
Vlw sogeking pela entrevista com esses gênios do mundo otaku
Vagabond pelo jeito e um otimo mangá mas ñ cheguei a ler pra poder comentar , mas como e inspirado no livro (esse eu li ^^) deve ser ótimo
uma coisa boa no mundo dos mangakás e admiração , nunca tem aquele desrespeito pelos outros ate pq o mundo de um mangakás as vezes e doce e outras amarga(o mangá bakuman recita isso bem) mais no fim sempre da frutos que são as ispiracões para os mangakás que estão começando nesse maravilhoso mundo
Vlw sogeking pela entrevista com esses gênios do mundo otaku
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Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Legal essa entrevista
Comecei aler e quando vi ja havia acabado
Dois mangakas muito reconhecidos conversando
Não sabia que Inoue e Oda eram da mesma cidade...
Achei interessante quando Oda disse que recentemente tem se dedicado a conhecer a arte japonesa do Período Edo.
Hoje podemos ver isso em OP...
Positivado
Andei pesquisando e acho que a pesquisa é de Outubro de 2010.
att
Comecei aler e quando vi ja havia acabado
Dois mangakas muito reconhecidos conversando
Não sabia que Inoue e Oda eram da mesma cidade...
Achei interessante quando Oda disse que recentemente tem se dedicado a conhecer a arte japonesa do Período Edo.
Hoje podemos ver isso em OP...
Positivado
Andei pesquisando e acho que a pesquisa é de Outubro de 2010.
att
Convidad- Convidado
Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Mistushi: Realmente cara, é muito interessante ver esse respeito enorme que alguns artistas tem pelos outros. É como se estivessem em ramos completamente diferentes e não precisassem competir, cada um dá o seu melhor e o que vier é lucro. Cara, o mangá segue a linha geral do livro, como os acontecimentos e talz, mas as personalidades mudam em muitas coisas. Com certeza vale a pena, ainda mais pelo traço excelente do Inoue.
Ero Aren: Cara, essas entrevistas só me fazem ser mais fã ainda do autor. Eu acho fenomenal a capacidade que essa cara tem de criar coisas loucas e aleatórias. E tudo isso num ritmo frenético que ja dura quase 15 anos O.o, é de tirar o chapéu mesmo.
Outra coisa, eu estava relendo e eles comentam que o volume mais recente é o 52, então seguindo a data de lançamento deles, deve ser de dezembro de 2008.
Ero Aren: Cara, essas entrevistas só me fazem ser mais fã ainda do autor. Eu acho fenomenal a capacidade que essa cara tem de criar coisas loucas e aleatórias. E tudo isso num ritmo frenético que ja dura quase 15 anos O.o, é de tirar o chapéu mesmo.
Outra coisa, eu estava relendo e eles comentam que o volume mais recente é o 52, então seguindo a data de lançamento deles, deve ser de dezembro de 2008.
Ero Sogeking- Aprendiz M4all
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Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Yoo Manolada!
Entrevista muito interessante Sogeking!
Dois mangakas muoto famosos (conheço o trabalho de Inoue puxado mais para Slum Drunk).
Achei legal a adimiração que ambos tem um pelo outro.
Oda soh queria fazer OP ter 5 anos, WTF?!?!?!?
Ainda bem que ele continuou matendo a qualidade/fodacidade do manga.
Eh o melhor mangaka que existe atualmente e empata com Akira (mais um pouco e passa...se eh que ja nao passou D:)
Gostei da Entrevista, muito legal mesmo!
Flw
Ero Salamander- Ero Sub Boss Bleach
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Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Como eu imagino que existam mais pessoas como eu, que só lêem os tópicos mais movimentados, estou dando um "up" nesse aqui, assim quem não leu esta ótima entrevista vai ter uma última chance antes do tópico cair no limbo do arquivo morto .
Ero Sogeking- Aprendiz M4all
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Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
woooow!!! Muito bom!! Oda é meu mangaká preferido, e Inoue é um dos!!
Muito bom!!! quando começei a ler vagabond eu pensava como o Oda.. "O autor desse mangá deve ser cabuloooso!!" hauhauahauah!!! mas o kra é muito gente fina!!
É muito legal, queria que tivesse entrevistas de mangakás traduzidas direto, mas é uma coisa rara.. ):
Tambem só leio os que estão upados.. ;D heheehuehue!!
Muito bom!!! quando começei a ler vagabond eu pensava como o Oda.. "O autor desse mangá deve ser cabuloooso!!" hauhauahauah!!! mas o kra é muito gente fina!!
É muito legal, queria que tivesse entrevistas de mangakás traduzidas direto, mas é uma coisa rara.. ):
Tambem só leio os que estão upados.. ;D heheehuehue!!
Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Ja tinha lido essa noticia a um tempo x.x
Mais e muito interessante a noticia F.Oda revela muitos fatos sobre OP.
Ambos sao mangakas fodas
OFF:se me lembro bem nessa entrevista F.Oda diz que nenhum mugiwara vai poder voar
e tao dizendo por ai que vai ser o marco o novo mangaka,pelo jeito nao vai ser ele.
Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
muito foda essa entrevista!!!!!!!!!!!!!
nunca havia visto vagabond mais depois dessa entrevista ai me deu vontade de ler XD(só não compreendo porque que não virou um anime? porque ele parece ser muito foda,ja que ate mesmo F.ODA o adimira tanto que chegou a falar "Por favor, leve seu trabalho para o mundo! Vagabond é o orgulho do Japão."
galera queria saber se tem algum scan que esta traduzindo vagabond pois dei uma busca rapida aqui e não encontrei nenhum.
realmente é muito legal ver adimiração de F.ODA por inoue!!!!
graças a deus que F.ODA não terminou one piece em 5 anos ^^!!!!!(como ele havia planejado)!! e one piece só tem ficado melhor!!
é mesmo uma pena que não tenha one piece essa semana =/.
fa
lando do desenho de cada autor do personagem do outro:
o musashi ficou bem ao estilo zoro!!(em outras palvras foda!!!!!!!!
e o luffy ta com uma cara bem demoniaca saushausahusasau(mais ficou muito foda!!)
vlw sogeking!! por postar essa entrevista eu ainda não tinha visto!!!!vlwww
nunca havia visto vagabond mais depois dessa entrevista ai me deu vontade de ler XD(só não compreendo porque que não virou um anime? porque ele parece ser muito foda,ja que ate mesmo F.ODA o adimira tanto que chegou a falar "Por favor, leve seu trabalho para o mundo! Vagabond é o orgulho do Japão."
galera queria saber se tem algum scan que esta traduzindo vagabond pois dei uma busca rapida aqui e não encontrei nenhum.
realmente é muito legal ver adimiração de F.ODA por inoue!!!!
graças a deus que F.ODA não terminou one piece em 5 anos ^^!!!!!(como ele havia planejado)!! e one piece só tem ficado melhor!!
é mesmo uma pena que não tenha one piece essa semana =/.
fa
lando do desenho de cada autor do personagem do outro:
o musashi ficou bem ao estilo zoro!!(em outras palvras foda!!!!!!!!
e o luffy ta com uma cara bem demoniaca saushausahusasau(mais ficou muito foda!!)
vlw sogeking!! por postar essa entrevista eu ainda não tinha visto!!!!vlwww
Strawhat- Experiente M4all
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Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Concordo com vc, Strawhat.. O nível de violência de Vagabond é parecido com Berserk, e hj em dia seria bem sensurado..
Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
Ero yegoo: Eu já li isso tb cara, mas o que ele diz sobre a restrição de voar não se referia a um membro do bando, mas sim aos personagens como um todo. Se todos pudéssem voar, não haveria mais a necessidade de usar barcos e um universo pirata que se preze TEM que ter barcos =)
Strawhat: A história do Vagabond segue de perto o livro, (que é excelente além de ser uma das histórias mais retratadas em novelas e apresentações teatrais no Japão) com algumas diferenças nas personalidades e uns desfechos diferentes. Outro ponto notável é a beleza artística que o Inoue tem, cada página é um show para os olhos, vale muito a pena.
Sobre a questão dos scans, eu não conheço nenhum em português, só em inglês mesmo. Dependendo do interesse, acho que seria até válido levantar para a equipe do scan a possibilidade de traduzir Vagabond.
Strawhat: A história do Vagabond segue de perto o livro, (que é excelente além de ser uma das histórias mais retratadas em novelas e apresentações teatrais no Japão) com algumas diferenças nas personalidades e uns desfechos diferentes. Outro ponto notável é a beleza artística que o Inoue tem, cada página é um show para os olhos, vale muito a pena.
Sobre a questão dos scans, eu não conheço nenhum em português, só em inglês mesmo. Dependendo do interesse, acho que seria até válido levantar para a equipe do scan a possibilidade de traduzir Vagabond.
Ero Sogeking- Aprendiz M4all
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Re: Entrevista com Takehiko Inoue e Eiichiro Oda
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