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Mensagem por Convidad Qua Out 27, 2010 2:09 pm

Bom, não estou aqui para defender nenhum candidato, simplesmente para comentar sobre a privatização das estatais.
Vamos analisar hoje, a política no Brasil, essa roubalheira é o que mais tem, imagine a festa que era nessas estatais que em relação a uma prefeitura e ate mesmo de um governo estatal e federal tem muito menos fiscalização, digamos por parte dos cidadãos e outros políticos. Privatizando estas empresas a maquina do governo se livra de uma coisa desnecessária que não condiz com um governo capitalista.

Se a economia brasileira for analisada com carinho, começaremos a perceber fatos estranhos ao capitalismo. Tem sido comum ao longo das últimas décadas, os empresários solicitarem favores ao Estado, como se capitalismo não significasse correr riscos. Vemos sempre pedidos de fechamento da economia para determinados setores ou mercadorias, em que não somos capazes de competir. Agora mesmo temos visto a choradeira do câmbio e pedidos de intervenção do governo para controlar a moeda. Não achamos que o câmbio esteja bom – ao contrário, está em um preço inadequado, representando os erros da política econômica do País. No entanto, pedir intervenção não é o caso.

Isso não parece capitalismo a quem quer que seja.

Não entendemos capitalismo sem riscos. Assim, pode-se ver que nem sempre a máxima de que "quem não tem competência não se estabelece" é seguida. Quando há problemas pedem-se favores, mas quando há lucros, estes não são rateados com a sociedade.

Mas, apesar de grave, tudo bem, já que isso é apenas acessório. O que queremos dizer com "talvez não sejamos mesmo capitalistas, mas socialistas", refere-se à atuação do próprio governo.

Quando se tem uma empresa no Brasil, mesmo que não gostemos de sócios, nós sempre os temos em nossa vida, queiramos ou não. Não importa se ele não está na folha de pagamento, ou não entrou como acionista no contrato social de constituição da empresa, ou não está conosco nas horas difíceis. O governo brasileiro, e isso em todos os níveis, federal, estadual e municipal, é o maior sócio que uma empresa pode ter. Ele é onipresente e em tudo há o dedo dele.

Para se abrir uma empresa no Brasil é um tormento; para fechá-la, então, é tormento ao cubo. As taxas são as mais variadas e as autorizações necessárias as mais diversas.

E, como se sabe, não há regras precisas, já que mudam sempre, em especial quanto aos impostos pagos pelos pobres contribuintes.

Falando em carga tributária, ela continua entre as primeiras em altura no mundo em termos absolutos, bem como em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) e está aqui o principal problema. E estamos entre as últimas em relação ao seu retorno à sociedade.

Como a carga tributária brasileira está em quase 40%, e com a certeza de continuar subindo sempre, isso significa que cada brasileiro trabalha hoje cerca de cinco meses por ano para o governo, restando para si apenas sete meses.

Este é o maior sócio que alguém pode ter, e impossível de ser abatido. Com tudo isso sendo levado pelo governo, pode-se dizer que a economia brasileira é capitalista?

Parece-nos que ficaria bem melhor se disséssemos que somos uma economia socialista. No socialismo, os meios de produção pertencem ao Estado e não
existe iniciativa privada. Com uma carga tributária dessa magnitude, pode-se mesmo dizer que é a iniciativa privada que produz e que ela é a dona dos ativos? Ficaria melhor dizer que o produtor é o Estado, aquele que nunca perde em termos de arrecadação, pois a obtém com lucro ou prejuízo. E que apenas utiliza a iniciativa privada para levar a cabo seus objetivos de produção e de apropriação da renda alheia, praticando ele o conceito marxista da mais valia.

Pois é se olharmos o quanto se paga de impostos no País, e quanto dele retorna ao cidadão, chegaremos a uma terrível conclusão. O Brasil não é um país capitalista, mas socialista, onde quem produz é o Estado, apenas através de prepostos, e a maior parte é dele.

Pode parecer que estamos forçando a barra para subverter fatos reais e fantasiá-los, mas o que acontece é exatamente isso. Se a empresa tiver lucro ganham todos, e se tiver prejuízo, ganha apenas o Estado, pois sua parcela é garantida, chova ou faça sol.

Considere-se que isso ocorre sem que ele invista qualquer parcela de capital no empreendimento. “E, mesmo assim, age como um atrapalho” (sic), dificultando a vida de todo mundo.

E cada vez que se fala em reforma tributária, assunto que vem à tona de quando em quando, já entendemos que se trata de aumentar ainda mais os impostos. Alguém tem alguma dúvida sobre isso, e de que a carga tributária passará dos 40% do PIB, loguinho, loguinho? O que podemos chamar de número vergonhoso e um título inadmissível, considerando seu retorno à sociedade.

Todos sempre lutamos por uma reforma tributária, mas agora estamos escaldados e é sempre melhor torcer para deixá-la de lado e não reformar nada. É mais seguro para a sociedade. Claro que falamos da nossa.

Como costumamos dizer, esse é um país no mínimo estranho. Estamos há quase três décadas sempre achando que atingimos o fundo do poço, mas a cada ano constatamos que o poço não tem fundo, e que de alguma forma as coisas pioram em diversos setores, enquanto melhoram em alguns poucos – isso quando melhoram.

Se gostam tanto de socialismo, vide CUBA e analisem como e bom, na minha opinião quanto menos empresa o estado tiver melhor, ressalto que no caso da Petrobras e a Vale ocorre uma exceção devido as suas dimensões econômicas e que possuem muitos acionistas privados.

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Mensagem por éBeR Qua Out 27, 2010 2:39 pm

É, Ero Fusky, você tem razão, nós somos uma sociedade com um capitalismo malfeito e cheio de vícios. Se os políticos corrompem o sistema aceitando favores em troca de benefícios a empresários também corruptos, quanto pior seria se este tivesse o total controle das empresas. Temos uma carga tributária e uma burocracia que nos faz ver o quanto poderia ter se feito mais, apesar de tudo que se fez já. O Estado precisa da arrecadação dos impostos. Mas ele não deve com isso sangrar a sociedade. O Brasil tem um potencial gigante. Não usamos esse potencial por causa de nossa herança histórica de jeitinhos e favores.
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Mensagem por Convidad Qua Out 27, 2010 5:11 pm

Ero FusKy cara tive que ler 3 vezes para ter certeza que entendi bem o que você falou. É uma visão interessante afinal até o pais que é o símbolo do capitalismo que é os eua ajudam as suas grandes empresas..... Então eles também são socialistas certo? Então quando um país se vê ameaçado por uma crise gerada devido a incompetência dos administrados e especuladores de outros paises não deve fazer nada? e as pessoas que serão despedida, as pessoas que eram beneficiadas indiretamente, o seguimento de ações que existiam graças aos impostos pagos por aquela empresa. quem deve pagar o preço? E as dificuldades de se criar e fechar uma empresa no Brasil não se deve ao fato de termos uma legislação rígida focando principalmente os direitos do trabalhador? Tanto que uma das propostas da oposição (serra) é a flexibilização (leia-se diminuição dos direitos do trabalhador). e então já que isso é socialismo, nacionalismo seria o que?



Sobre a privatização focando principalmente a telefonia no governo FHC

No Brasil, até 1997 as empresas de telefonia eram todas estatais e de capital totalmente nacional. Enviar dinheiro arrecadado dos usuários do sistema de telefonia para o exterior não estava entre os objetivos destas empresas. Por outro lado, elas eram muito mal administradas. Não se conseguia comprar uma linha com facilidade e os preços de aquisição eram altos. O governo desejava se ver livre desse encargo e se esforçava em demonstrar para a opinião pública que era um mau administrador. Esta tarefa, pelo menos, o governo da época desempenhava com bastante desenvoltura: demonstrar sua própria incompetência.

O modelo de empresa pública ou privada passou então a representar uma guerra santa entre os setores políticos e especuladores do Brasil e isso trouxe uma polarização da discussão entre qual modelo seria o melhor (ou, o menos pior, colocando de uma forma mais apropriada). Entre ter um monopólio estatal, mal administrado e sujeito ao fisiologismo dos governantes e ter empresas que querem maximizar a extração de dinheiro do consumidor, valendo-se inclusive de métodos escusos para controlar as ações do estado, me parece uma escolha difícil. A verdade é que, em países desenvolvidos, tanto as empresas estatais quanto as privadas funcionam razoavelmente bem. Da mesma forma, em países atrasados, onde a corrupção é a mola da economia, nenhum dos dois modelos funciona. O problema está mais no comportamento dos dirigentes e da população do que no modelo adotado. A transição de um modelo para outro, esta sim, oferece enormes oportunidades para os espertalhões de plantão. Acredito que esta foi a principal motivação para o processo obsessivo de privatização por que passou este país. De qualquer forma, não é isso que se pretende discutir aqui.

A grande bandeira da privatização era a possibilidade de acabar com o monopólio estatal e estabelecer um sistema em que a competitividade entre várias empresas garantisse o oferecimento de uma melhor qualidade de serviço. Veremos que nada disso aconteceu.

Todas as vantagens imagináveis foram oferecidas às empresas que quisessem se estabelecer em solo tupiniquim e, como sempre acontece com as boas idéias, também encontraram um meio de frustrar a tão prometida competitividade, eliminando a única vantagem que o consumidor teria neste modelo. A forma utilizada para camuflar a falta de concorrência foi permitir que as empresas adotassem sistemas diferentes de telefonia digital. Com isso, na eventualidade do cliente ficar descontente com sua operadora, teria que se livrar de seu aparelho e adquirir um outro para migrar de operadora. Como os aparelhos eram caros, os clientes ficavam amarrados à operadora que escolhiam.

A absoluta falta de concorrência exige que os preços sejam ditados pela agência reguladora e não pelas leis de mercado. Esta, no entanto, atua de forma a proteger os interesses do cartel, garantindo que as tarifas sejam as mais altas possíveis. Muita gente imagina que o IGP-DI seja utilizado para reajustar as tarifas telefônicas por que é o índice que apresenta valores mais elevados de correção. Eu acredito que seja o contrário: o IGP-DI é o índice mais elevado exatamente por que é o que reajusta as tarifas de telefonia.


Graças ao IGP-DI o resultado de um estudo comparativo da consultoria Bernstein Research apontou a tarifa média de celular no Brasil como a segunda mais cara do mundo.

Para efeito de comparação, o preço do minuto no Brasil é maior que o de Nigéria (R$ 0,43), Espanha (R$0,39) e Reino Unido (R$0,26). As tarifas mais econômicas são registradas na Ásia e na América do Norte. Na China, Indonésia e Estados Unidos, por exemplo, o custo do minuto de conversação é de R$0,06. O valor mais baixo registrado no estudo é de R$ 0,02, na Índia.

O estudo aponta que, no Brasil, o custo médio da ligação local por celular é de R$ 0,45 o minuto. Este valor só fica atrás do custo na África do Sul, onde os usuários pagam o equivalente a R$ 0,50 por minuto de conversação no celular.




Telefonia celular

Já na telefonia celular a história é um pouco diferente. Serra usou muito isso no debate da Band, dizendo que o governo FHC criou o celular. Nada mais mentiroso. Primeiro, porque o processo de privatização de 1998 não previa absolutamente nenhuma política para este setor, exceto a venda das empresas estatais que já existiam e o leilão de licenças para operadores competitivos. As primeiros operações de telefonia celular no Brasil surgiram no começo dos anos 90, primeiro pela Telerj Celular e depois pela Telesp Celular. No primeiro governo FHC, ainda com o sistema estatal, a base de usuários móveis saltou de 800 mil para 5,6 milhões no mês da privatização (julho de 98). Hoje, são 190 milhões de linhas de telefonia móvel no Brasil. Mas é falacioso creditar esse aumento espetacular às privatizações. No mundo inteiro, mesmo em mercados controlados por estatais, como a China, houve uma explosão dos acessos móveis muito além de qualquer previsão. O próprio governo FHC, ao montar o modelo de venda da Telebrás, estimava em seus estudos que o mercado de telefonia móvel chegaria, em 2005, a 58 milhões de usuários. Errou feio. Em 2005, o mercado passou 80 milhões de usuários móveis. Na verdade, o que aconteceu é que ninguém, nem os estrategistas que montaram o modelo de privatização da Telebrás, tinha a menor idéia do que seria o setor de telefonia celular. A realidade da mobilidade surpreendeu no mundo todo e desafiou qualquer modelo existente, privatizado ou estatal. Portanto, creditar os 190 milhões de telefones celulares existentes no Brasil exclusivamente à privatização é no mínimo um risco.

Mas, mais uma vez, o modelo implementado no governo FHC trouxe um grave efeito colateral: o custo das tarifas de celular. No anseio de fomentar o surgimento de mais competição no setor e promover a entrada de novas empresas, a política estabelecida pelos tucanos criou as mais altas tarifas de interconexão do mundo. A tarifa de interconexão é, basicamente, o quanto uma operadora paga para a outra quando um usuário seu precisa falar com um cliente de outra operadora. Essa política de interconexão teve um efeito positivo, que foi permitir o desenvolvimento do celular pré-pago (hoje 80% da base é pré-paga). Mas teve um efeito negativo: o minuto do crédito pré-pago no país é dos mais altos do mundo, assim como as tarifas do pós-pago e das tarifas para se ligar de um telefonia fixo para um móvel. Conseqüência: o pré-pago virou aquele telefone “pai de santo”, que só recebe ligação e as pessoas, em geral, usam muito menos o telefone do que poderiam. A maior prova disso é que o Brasil é um dos países em que menos se fala ao telefone, pois falar custa uma fortuna.

Outro problema do modelo estabelecido no governo Fernando Henrique no setor de telefonia móvel é que ele não estimulava as operadoras a avançarem para além dos mercados mais abastados e dos grandes centros. Assim, em 2002, último ano do governo FHC, a telefonia celular chegava a apenas 2,3 mil municípios. Ou seja, mais da metade dos municípios brasileiros e quase 40 milhões de pessoas não tinham acesso à telefonia celular.

A grande mudança conceitual que reverteu esse quadro só apareceu em 2007, no segundo governo Lula, quando foram leiloadas as faixas de freqüências que as empresas demandavam para o serviço 3G (banda larga móvel). Naquela ocasião, o governo estabeleceu uma regra em que o preço a ser pago pelo espectro foi diminuído em troca do compromisso regulatório e contratual de que as empresas cobrissem todos os municípios brasileiros. O modelo deu certo e em abril deste ano 100% dos municípios brasileiros passaram a ter cobertura celular em suas áreas urbanas.



Fontes:
http://info.abril.com.br/noticias/tecnologia-pessoal/brasil-tem-2-tarifa-de-celular-mais-cara-08022010-32.shl
http://www.unesp.br/~jroberto/celular.htm
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/guilherme-hanesh-mitos-sobre-a-telefonia-brasileira.html

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Mensagem por éBeR Qua Out 27, 2010 6:12 pm

As vezes tem que ter um meio termo. Nem mercado irresponsavelmente livre, causador de instabilidades e crises no próprio sistema, nem Estado monopolista. Eu não julguei o mérito de qual sistema é melhor, se privatizações ou se controle de setores econômicos pelo governo, só expus as consequências. O telefone pode ser caro hoje, mas era muito mais caro antes da privatização das empresas de telecomunicações. Eu não sei quanto a vocês, mas eu duvido muito que o serviço de telefonia seria melhor (ou menos pior) se houvesse um monopólio estatal do setor. E ao que tange o assunto deste tópico, como o nosso companheiro Santanna postou, só em 2007 começou-se a expansão da telefonia móvel em todo território nacional, e ainda hoje, em 2010*, temos a 2ª tarifa de celular mais cara do mundo. Mas convenhamos, este assunto não é o mais importante que o futuro presidente deve tratar. E estamos todos aí, com nossos celulares, ainda que pais-de-santo, sempre atentos para as promoções da operadora e aos "bônus". Não podemos esquecer também que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, o que encarece muito dos serviços e produtos que utilizamos todos os dias.
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Mensagem por Ero Von Arthoneceron Dom Out 31, 2010 8:29 pm

Poisé, acho que acabou e a Dilma venceu.

Acho que não há mais nada a acrescentar a esse tópico.
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Mensagem por Ero Zoro Dom Out 31, 2010 8:40 pm

para minha infelicidade a dilma ganho mesmo (nada contra quem voto nela)
o povo brasilero é burro (desculpa a palavra,mais eu acho q to nesse meio tamem xD) q ate no debate era so olhar quem tava com ela q vc ja sabia qual era a dela,nada mais nada menos q antonio palocci,se nao me engano ele tava envolvido no mensalao.
e nao vai ser so ele q vai ir junto com ela,mais vamo torce pra ela fazer um bom mandato,fazer oq ne ¬¬.
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Mensagem por Ero Edward Dom Out 31, 2010 9:04 pm

Todos que puderam compareceram as urnas e votaram...

E agora temos DILMA ROUSEFF como nova Presidente do Brasil!!!

Festa para os "petistas", e talvez tristeza para os "tucanos"!!!

Agora votos para a Presidência só em 2014!!!


=TÓPICO BLOQUEADO=
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